Após decreto restritivo ser prorrogado, Acipa avalia medida como “punitiva e ineficaz”

O decreto publicado pela Prefeitura de Palmas no dia 10 deste mês e que estabeleceu o fechamento do comércio de 20h às 05h, entre 13 e 27 de julho, foi prorrogado e deve se estender até o dia 06 de agosto. Na contramão das medidas adotadas, os números de contaminação seguem em alta, sendo que no espaço de tempo determinado pelo primeiro decreto, a Capital teve um aumento de 1.961 casos, com dados obtidos no Plantão Coronavírus, disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde. 

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Palmas (ACIPA), Joseph Madeira, medidas como essa podem ser tomadas, desde que tenham como plano de fundo uma atuação robusta no fortalecimento dos mecanismo de saúde pública. “Insisto em dizer, desde o primeiro momento, que a classe empresarial está pagando a conta da ingerência dos recursos. Há ações efetivas de controle da doença que dependem de políticas públicas, a exemplo da testagem em massa, fiscalização e a ampliação do número de leitos. Se apenas o comércio for penalizado e responsabilizado, a prorrogação do decreto é punitiva e ineficaz, como percebe-se com o aumento dos números”, constata.

O presidente chama a  atenção ainda para o reflexo dessas decisões na vida dos empresários, que estão, segundo ele, no limite da sobrevivência, e dos trabalhadores que foram poupados num primeiro momento, mas que estão vivendo na iminência de uma segunda etapa de demissões. “A Prefeitura reitera essa penalização aos comerciantes, mas mais do que isso, muitos pais de família já perderam e continuarão perdendo seus empregos”, lamenta.

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