Assembleia de Deus do Belém, em São Paulo, realiza o Curso Agenda Islâmica

Aconteceu no Templo-Sede da Assembleia de Deus Ministério do Belém em São Paulo o Curso Agenda Islâmica, um treinamento para cristãos que se propôs a dar esclarecimentos concernentes à religião Islâmica, considerada a mais numerosa do mundo. No Brasil, por exemplo, há 10 anos, existiam 600 mil muçulmanos de acordo com o censo do IBGE. Hoje este número é de 1,5 milhão de adeptos.

O curso Agenda Islâmica foi ministrado pelos irmãos Marcelo Fakhouri, diácono da AD em São Paulo e profundo estudioso do tema, e Sid Ramos, pastor com experiência missionária de cinco anos no Egito. Sid iniciou sua vida e ministério no Setor 6 – Indianópolis, Zona Sul de São Paulo, e foi separado ao ministério pelas mãos do pastor Américo. Aproximadamente 400 pessoas participaram do treinamento no dia 15 de novembro.

O curso iniciou com a apresentação de dados estatísticos que apontam para a urgente necessidade de capacitação dos evangélicos para falar de Jesus Cristo aos muçulmanos. O palestrante Marcelo Fakhouri ofereceu números: 7 bilhões de habitantes no planeta; 2 bilhões são cristãos e 5 bilhões, não são; dos 5 bilhões, 40% são muçulmanos. Fakhouri informou que todos os dias morrem 60 mil pessoas, das quais 37 mil são muçulmanas, que partem para a eternidade sem Jesus. Quanto à visão missionária, Marcelo explicou que, para cada 430 mil muçulmanos no mundo, a igreja envia 1 missionário e que de um total de 98% de missionários que são enviados, vão para regiões já evangelizadas e que apenas 2% para países onde vivem os muçulmanos.

Isso posto, Marcelo Fakhouri traçou uma linha do tempo que revelou particularidades do Islã, desde o ano 610 D. C. passando pela vida de Mohamad, o último profeta de Allah, até chegar em aspectos culturais como o mês do Ramadã, o Alcorão – livro sagrado do Islã o qual tem o tamanho próximo ao conteúdo do Novo Testamento; os 5 pilares do Islã, os quais revelam sobre sua crença, como por exemplo, professar a fé em Allah, único Deus; fazer 5 orações com o rosto no chão e o corpo voltado a Meca; o ato de dar esmolas, o jejum anual do Ramadã e, se possível, ir a Meca.

Islamização do mundo

O professor Marcelo Fakhouri falou sobre o esforço por parte dos muçulmanos em levar sua fé ao mundo, fato que é negado pela maioria deles, de acordo com Fakhouri, que informou a possibilidade de até o ano 2050 toda a Europa ser islamizada. Marcelo explicou os principais motivos que apontam o aumento do número de muçulmanos no mundo, a saber: o movimento de imigração; a alta taxa de natalidade, como por exemplo, na Bélgica onde 50% dos recém-nascidos é de famílias muçulmanas. Por outro lado, a taxa de natalidade na Europa é de 1,8%, enquanto nos países de maioria muçulmana essa taxa é até 8 vezes maior.

O pastor Sid Ramos pontuou para o termo islamização em contraste ao termo evangelização. “O muçulmano não evangeliza, porque eles não têm o Evangelho. Portanto, islamizam”. Sid Ramos enfatizou que o muçulmano acredita na salvação por meio de obras, o que contrapõe um princípio do Evangelho de Jesus Cristo registrado em Efésios 2.8, 9. Sid explicou que esse modo de pensar os leva a uma vida de aparências, o que os torna religiosos, dando primazia ao aspecto exterior, como por exemplo, a prática de orar com o rosto no chão, ato que causa uma marca na testa, ou uma zebiba (termo usado em árabe para o ferimento na testa), sinal de aquela pessoa observa a prática de orar cinco vezes ao dia. De acordo com Sid Ramos, é comum entre eles ferirem a própria testa para expressar que estão de fato praticando a religião.

E você, já sonhou com Ele?

Alguns missionários interpelam muçulmanos com a pergunta acima e curiosamente a resposta é: Sim, disse o pastor Sid Ramos a propósito de árabes que professavam a fé islâmica. Sid mencionou uma pesquisa realizada em um país, no norte da Ásia, entre muçulmanos que se converteram dentro de um determinado período. A pesquisa apontou os três fatores que contribuíram para a conversão de muçulmanos a Cristo, a começar pelo terceiro: as rádios e televisões via satélite. O segundo, por meio de missionários no campo; e o primeiro fator é que muitos deles têm tido sonhos e visões com o Senhor Jesus e chegam ao conhecimento do Evangelho. Categórico, Sid disse que esse agir de Deus não exime a igreja da tarefa de comunicar o Evangelho ao mundo. “Ele confiou essa tarefa para você e para mim. Ele nos deu o privilégio de participar da obra da salvação na face da terra”.

Sid discorreu, no período da tarde sobre Reações Islâmicas, que trata de um relacionamento direto com o muçulmano. “O Brasil é considerado pelos muçulmanos como Casa de Paz”, disse Sid. O termo é apropriado aos países que não oferecem resistência ao Islã. “Eles estão chegando”, afirmou.

Um ponto conflituoso numa relação com um muçulmano, quando uma conversa acerca do Evangelho está avançada é a aceitação, por parte deles, a cerca da encarnação. De acordo com Sid, para eles é inconcebível pensar num Deus trino, que se humanizou e nasceu em uma manjedoura e que ensinou a amar o inimigo. “Não pense que isso é normal, é um absurdo paradoxal pensar que Deus nasceu de uma virgem, e virgens não tem filhos, isso não é normal”. Sid reiterou, “quando se diz que Jesus montou num jumentinho, foi carpinteiro quando poderia ter sido diplomata, se humilhou ao ponto de aprender a língua dos homens, a amar o inimigo à minha frente, isso é ilógico. Mas Ele veio com uma concepção diferente, de que se eu quiser ser o maior devo ser o menor. Veio como Deus me dizendo que se eu quero viver, tenho que morrer. Deus escolheu as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias para ensinar que Ele ama e aqui está o princípio para evangelizar muçulmanos, o amor”.

No término do curso, um vídeo enviado pelo pastor Reinaldo Santos, direto de Beirute, com uma mensagem aos inscritos, foi veiculado. Reinaldo é diretor executivo do Sat7, grupo dedicado a evangelizar muçulmanos por canais de TV via satélite. O curso Agenda Islâmica foi coordenado pelo presidente da AD Belém, pastor José Wellington Bezerra da Costa, e executado pelo pastor José Domingos Neto, membro da Comissão de Evangelismo da CGADB, ao lado de Marcelo Fokhouri e sua equipe.

Com informações de Dário Ferreira

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