Conselho interdenominacional defende o pastor Silas Malafaia

Neste domingo (17), o Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb) divulgou uma nota pública de repúdio contra a inclusão do pastor Silas Malafaia em inquérito da Polícia Federal (PF). A entidade classificou a medida como “imprópria e injusta” e alertou para riscos ao Estado Democrático de Direito.

Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), é investigado por suposta obstrução no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. O caso, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, envolve também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo.

Entre os crimes apurados estão coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O pastor nega envolvimento e disse que não foi informado oficialmente sobre o inquérito.

– Não podemos aceitar tamanha perseguição, que ultrapassa o âmbito político e atinge também a esfera religiosa – diz a nota assinada pelos líderes.

O Cimeb ainda reforçou que Malafaia é uma das maiores lideranças evangélicas do país, com reconhecimento internacional, e destacou que a liberdade de expressão e a liberdade religiosa são direitos inegociáveis. A entidade também fez um apelo ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de senadores e deputados, para que assegurem o cumprimento da Constituição.

– A liberdade de expressão e a liberdade religiosa são inegociáveis no Estado Democrático de Direito, como garante a nossa Constituição.

O documento é assinado por César Augusto, Abner Ferreira, Robson Rodovalho, René Terra Nova, Samuel Câmara, Estevam Hernandes, Agenor Duque, Cláudio Duarte, Jorge Linhares, Jabes de Alencar, Ezequiel Teixeira, Abe Huber, Samuel Coelho, Marcos Gregório, Flamarion Rolando, Galdino Júnior, Luiz Hermínio, Simonton Araújo, Paulo Roberto, Estevam Fernandes, Gidalt Alencar, Antônio Ananias, Michael Aboud, Josué Valandro, Fábio Santos e Wilton Costa.

A nota encerra afirmando que os líderes estão “orando por um país livre e justo”.

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