Gastos detalhados de Lula e Janja com iate no Pará ficam em sigilo

A embarcação Iana III, usada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Janja durante a estadia em Belém (PA) nos preparativos para a COP30, transformou-se no mais recente foco de questionamentos sobre transparência nos gastos públicos. A razão para isso está no fato de que não há muitos detalhes sobre o contrato de aluguel do iate, que foi firmado com uma empresa de Manaus (AM).

Segundo a Presidência, a diária da embarcação foi negociada por cerca de R$ 2,7 mil por pessoa, o que representa um custo mínimo de R$ 5,4 mil, considerando apenas Lula e Janja. Não há, porém, dados oficiais sobre quantos integrantes da equipe também ficaram hospedados na embarcação nem sobre eventuais custos adicionais de operação e logística que poderiam fazer parte do contrato.

Com mais de dez camarotes, sala de jantar, solarium e deck, o Iana III oferece estrutura confortável e já foi utilizado por órgãos públicos do Amazonas e empresas privadas. Além dos custos, outro questionamento em relação ao iate está na incoerência em relação ao discurso de sustentabilidade adotado pelo petista. Uma apuração do site PlatôBR apontou que o Iana III consome de 120 a 150 litros de diesel por hora.

Aliado a isso, não há registro do governo sobre medidas de compensação ambiental pelas emissões geradas durante a viagem presidencial. Além do fretamento do Iana III, o governo também custeia embarcações auxiliares e navios de apoio que fazem o deslocamento da comitiva por áreas onde o iate não pode navegar, devido à profundidade dos rios da região.

336x280ad