Damares: “Se Bolsonaro não quiser se reeleger, Deus vai levantar outro conservador”

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, foi categórica, neste sábado (12), sobre um projeto de reeleição. ”As pessoas me perguntam: mas já está falando em reeleição? Sim, eu já estou falando. Vamos precisar de pelo menos 12 anos para mudar o Brasil. Se o presidente Jair Bolsonaro não quiser se reeleger, Deus vai ter que levantar um outro conservador. Não vamos mais suportar sanguinários que não são a direita”, disse na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC).  

Ela afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro vai “dar tão certo que vamos ficar 4, 8, 12 anos”. 

Com um discurso inflamado e muito aplaudido pela plateia conservadora, Damares aproveitou para responder a manifestação do arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, que disse mais cedo, durante a homilia na Basílica de Aparecida, na missa em homenagem ao dia da padroeira, que, em dado momento, atacou o “dragão do tradicionalismo” e que a direita é “violenta e injusta”. O arcebispo também defendeu o Sínodo da Amazônia

“Quero mandar um recado para um arcebispo que acabou de dizer que o Brasil tenha cuidado com o dragão do conservadorismo. Eles estão assustados, porque nós somos terrivelmente cristãos. E essa liderança disse ainda que a direita é violenta. Somos violentos porque queremos nação de paz?”, disse Damares sob aplausos. 

Logo no início a ministra deu o tom de seu discurso, que seria de diretas e indiretas à esquerda: “Quero começar dizendo que aqui, no meio de um público de maioria jovem, nenhum menino me ofereceu cigarro de maconha e nenhuma meninas ainda introduziu crucifixo na vagina.”

Segundo a ministra, os ataques que o governo sofre decorrem de uma esquerda “assustada”. “Eles estão malucos. Estudiosos do mundo inteiro estão batendo cabeça. Eles não estão entendendo. Acharam que no segundo dia de governo estaríamos na rua batendo em negros, gays. Mas o presidente machista, só neste ano, já sancionou seis leis de proteção à mulher. Chora esquerda”, completou.

Seguindo o que já havia dito na noite de sexta (11) o deputado Eduardo Bolsonaro, que importou o CPAC dos EUA para o Brasil, Damares Alves mencionou a organização da esquerda em contraposição com a falta de estrutura da direita. 

“Nós não podemos subestimá-los. Eles infelizmente estão ativos, organizados e querem nos usurpar novamente. Temos que nos organizar de uma forma mais profissional e madura”, disse a chefe do Ministério da Mulher, apresentando no Power Point, como exemplos, projetos de lei que tramitaram no Congresso sobre aborto, família e o que a direita chama de ideologia de gênero. 

Ao tratar de descriminalização das drogas, ironizou o deputado federal Jean Wyllys, que se licenciou do cargo após sofrer seguidas ameaças de morte e deixou o País. “Eu não vou mencionar o nome desse deputado, porque ele não gosta de mim. Um projeto eleitoreiro, apresentado em 2014. Ele queria liberar a maconha e retroativamente da lei, para liberar traficantes. Ele ficou tão triste que foi embora do Brasil”, afirmou e foi ovacionada. Ao que enfatizou: “Eu não falei o nome dele.”

Encerrou contando uma história pessoal: “Eu virei a ministra do pé de goiaba, tentaram me desqualificar. Agora foram atrás da minha filha. São ameaças de morte. Pode bater. Quanto mais bate, mais esse governo cresce.”

Fonte: huffpostbrasil.com

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