Adolescentes do Centro Socioeducativo de Palmas buscam conhecimento na Agrotins

Em busca de novidades e inovações, os adolescentes da unidade socieoducativa estão conferindo de perto o que a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2018) está mostrando desde a terça-feira, 8, no Parque Agrotecnológico de Palmas. A 18ª edição do evento, este ano, tem como tema O Futuro da Agroindústria Sustentável. A prática da horticultura no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), em Palmas, tem despertado a vocação e o talento em muitos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e qualquer nova oportunidade de conhecimento nessa área nunca é desperdiçada.

A primeira visita de três adolescentes, junto com o chefe do Case, Eduardo Fontoura, três técnicos socioeducadores, quatro analistas técnicas e dois membros da Diretoria de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente (DPDCA), os servidores Auricélia Moreira e Marcos Miranda, ocorreu na manhã dessa terça-feira, começando por um tour pela feira. Outro grupo fará visita no decorrer desta semana.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) é parceria da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da DPDCA, ao ceder os kits refeição aos adolescentes e à equipe técnica que os acompanham. Eles ganharam ainda mudas de árvores frutíferas e sementes variadas para serem utilizadas no pomar e na horta do Case.

Segundo Auricélia Moreira, o objetivo da visita é oportunizar aos adolescentes cumpridores de medidas socioeducativas a vivência, o acesso à cultura, ao lazer e a profissionalização, que são direitos que o Estado, a família e a sociedade devem oportunizar, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em seu artigo 4º.

A horticultura faz parte dos planos de atividades pedagógicas das unidades. “Essa prática serve para estimular os jovens a pensarem na profissionalização, para quando deixarem as unidades socioeducativas. Queremos mostrar que há um universo de oportunidades nesse ramo de negócio”, disse a diretora de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Izabel Ribeiro.

As hortaliças cultivadas no Case, como alface, couve, rúcula e cheiro verde, entre outras, pelos próprios adolescentes, são 100% orgânicas e utilizadas na alimentação deles mesmos. Segundo o chefe da unidade, Eduardo Fontoura, os adolescentes participam diretamente de todas as etapas de plantio. “Desde a preparação da terra, até a colheita, tudo é realizado pelos adolescentes. O cultivo de hortaliças na unidade promove a inserção dos adolescentes no mercado de trabalho. É uma excelente maneira de ocupar o tempo deles de forma positiva”, destaca.

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