Alcoolismo causa cerca de três milhões de mortes no mundo em 2016

O alcoolismo, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde, foi o responsável por 3 milhões de mortes no mundo em 2016 e 4,2% dos brasileiros sofrem com transtornos
relacionados ao hábito nocivo. No Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo e Outras Drogas, celebrado nessa quarta-feira, 20, data em que há um debate a respeito do tema, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece pontos determinantes no diagnóstico e no tratamento de dependentes.

Segundo a assistente social da Gerência da Rede de Atenção Psicossocial da SES, Zeli Silva, o cidadão deve ter consciência dos cuidados quando os problemas começam a acontecer com hábitos de ingestão acima do tolerável. “Temos visto muitos casos de alcoolismo ainda na adolescência e tem sido nossa preocupação. A orientação nesses casos é sempre para a conversa, que é muito importante em todos os momentos. Pergunte ao seu filho o que ele está sentindo e o que pensa sobre o consumo de bebidas alcoólicas”, destacou, acrescentando que os filhos se espelham no comportamento dos pais. “Reflita sobre a oferta de bebidas que você disponibiliza nas festas e nos encontros em família”.

Para os pais que têm dificuldade em manter um diálogo, Zeli Silva aconselha que o assunto seja abordado por meio de filmes, novelas, notícias de jornal e leituras para falar sobre a prevenção ao uso de drogas. “Aquele sermão caso o filho chegue embriagado de uma festa pouco adianta. Seja amoroso, porém insistente nas questões e nas conversas sobre drogas”.

Danos

A nocividade do alcoolismo ao organismo humano se apresenta de diversas formas, com fala arrastada, sonolência, vômitos, diarreia, azia e queimação no estômago, dor de cabeça, dificuldade para respirar, visão e audição alteradas, alteração na capacidade de raciocínio, falta de atenção, alteração na percepção e na coordenação motora, blackout alcoólico que são falhas de memória em que o indivíduo não consegue lembrar o que aconteceu enquanto estava sob a influência do álcool, perda de reflexos, perda de julgamento da realidade e coma alcoólico.

Ajuda

Quando observado algum sintoma de depressão, ansiedade ou qualquer outro tipo de confusão mental, principalmente associado ao consumo de drogas, deve-se procurar uma unidade de saúde, tendo em vista que toda a Rede do Sistema Único de Saúde (SUS) é porta de entrada para o atendimento de pessoas nestas condições.

Os serviços estão aptos a atender demandas espontâneas para o início e a continuidade do tratamento. “Após uma avaliação, o paciente poderá ser encaminhado, dependendo do caso, para um hospital com atendimento psiquiátrico ou um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e a internação é reservada a casos graves”, pontuou Zeli.

Dados
O Estado possui 21 unidades de Caps, distribuídas estrategicamente nos municípios de Araguatins, Buriti do Tocantins, Formoso do Araguaia, Gurupi, Miracema do Tocantins, Paraiso do Tocantins, Pequizeiro, Sítio Novo, Taguatinga, Tocantinópolis, Araguaína, Colinas do Tocantins, Dianópolis, Palmas, Porto Nacional e Augustinópolis. Em todas as unidades, foram realizados 213.550 procedimentos ambulatoriais pelos Caps do Estado durante o ano de 2018.

 

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