Plasma de pessoas curadas do coronavírus será usado em tratamento experimental

Dois hospitais de São Paulo realizarão testes clínicos com plasma de pacientes já curados do coronavírus para ajudar no tratamento de pessoas ainda infectadas com o Covid-19. A informação foi confirmada pela assessoria dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês neste domingo (5). Nesta segunda-feira (6) deve iniciar-se a triagem de possíveis doadores de plasma para os testes.

No último sábado (4), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) definiu regras para este tratamento experimental com plasma. A técnica propõe a utilização do sangue de pacientes curados do novo coronavírus para tratar pessoas que tenham sido infectadas pela doença e estejam em estado grave de saúde.

Segundo o órgão, o plasma convalescente dessas pessoas que já se recuperaram apresenta o potencial de ser uma opção para o tratamento da covid-19, porque já tem os anticorpos (imunoglobulinas), o que poderia ajudar a combater a infecção.

O plasma convalescente é a parte líquida do sangue que acaba sendo coletada de pacientes que se recuperaram de uma infecção e administrado como um meio de fornecer imunidade imediata a pessoas suscetíveis.

No caso do Covid-19, o uso da substância tem urgência, o que pode levá-lo a estar rapidamente acessível, à medida que exista um número suficiente de pessoas que atendam aos pré-requisitos para serem doadoras do plasma convalescente.

Segundo nota técnica da Anvisa, o método precisa ter sua eficácia aprovada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pelo Ministério da Saúde, mas por enquanto pode ser utilizado em caráter experimental, mediante à adesão às normas previstas para a realização de pesquisa em seres humanos no Brasil.

FONTE: R7

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