
Vereador Rubens Uchoa e OMEP repudiam aprovação pela constitucionalidade de linguagem neutra em escolas públicas de Palmas pela CCJ
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Palmas aprovou pela constitucionalidade da linguagem neutra em escolas públicas da capital, nesta terça-feira, 14. A matéria ainda será votada em plenário da casa.
Após ser informado da decisão da CCJ, o vereador Rubens Uchôa, que é evangélico, se manifestou contrário à aprovação pela constitucionalidade da linguagem neutra em escolas públicas da capital. “Não podemos aceitar ideologias radicais, que veem no aluno uma oportunidade de exercer doutrinação, pois a escola tem o papel de ensinar conteúdo útil e sério”, disse o parlamentar.
A OMEP (Ordem dos Ministros do Evangelho de Palmas TO) que é formada por líderes evangélicos da capital, vem a público repudiar veementemente a aprovação pela comissão de constituição e justiça pela constitucionalidade da linguagem neutra em nossas escolas públicas. Onde os vereadores Márcio Reis, Solange Dualib e a professora Iolanda de Castro aprovaram o uso de linguagem neutra ou linguagem não-binária nas publicações, propagandas publicitárias e mídias da Prefeitura de Palmas TO.
O presidente da OMEP, pastor Sebastião Tertuliano, afirma que o pronome neutro visa criar uma terceira opção para os pronomes de tratamento sob o pretexto de criar igualdade, quando na verdade modifica ilicitamente a língua portuguesa.
“Nos evangélicos entendemos que aos estudantes deve ser assegurado o ensino com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN, com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – VOLP e com a grafia fixada no Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa”, diz o presidente.
Em nota a OMEP explica que: “A propositura ensejada está vindo inspirada em um forte movimento promovido pelas mídias sociais para que sejam aceitas formas de comunicação diversas das regras existentes, sob o pretexto de inclusão. Entre esses movimentos, está o uso da chamada linguagem neutra, que se refere àquela que não especifica o sexo/gênero de um indivíduo” de acordo com tal linguagem, faz-se a retirada das vogais ‘a’ ou ‘o’, substituindo pela letra ‘x’, ou ainda, pela letra ‘e’, trocando-se, por exemplo, ‘amigas’ por ‘amigues’, ‘todas’ ou ‘todos’ por ‘todes’, de forma a não haver identificação de gênero”.
A OMEP discorda integralmente deste movimento, primando pela postura conservadora. O pronome neutro visa criar uma terceira opção para os pronomes de tratamento, além do feminino e do masculino, sob o pretexto de criar igualdade, quando na verdade, modifica ilicitamente a língua portuguesa.
“Há um movimento nacional para a neutralização de gênero no português brasileiro no momento de se referir a uma coletividade, sem priorizar os artigos que definem sexo masculino e/ou feminino. Entretanto, a intenção de se implantar a neutralidade de gêneros no idioma afronta as tradições de uma grande parcela da população cujo pensamento é conservador. Além disso, há entendimentos em todo o território nacional apontando que pronome neutro não traz nenhum tipo de aprimoramento para a língua portuguesa e, pelo contrário, exclui os usuários de libras, por exemplo” diz a nota.