Renomado economista Robin Brooks diz que o Brasil voltou “ao último lugar”

O renomado economista Robin Brooks disse, nesta quarta-feira (24), que o Brasil está “de volta ao último lugar”. A declaração do ex-economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla original em inglês) fez referência ao status do real diante de outras moedas de países emergentes.

– Em 2021 – quando comecei a falar sobre o valor justo de 4,50 para $/BRL – o real do Brasil foi massivamente derrotado em relação a todas as outras moedas. Estamos de volta a isso agora. O Brasil, um grande exportador de commodities e um dos maiores mercados, considerando os mercados emergentes, está de volta ao último lugar – disse Brooks, em uma publicação na rede social X.

No ano passado, Brooks fez diversas avaliações sobre o Brasil e chegou a afirmar em seu perfil no X que “a década perdida” brasileira havia acabado e que o país era a “terra dos sonhos“. O economista também disse que o Brasil um dia seria “a Suíça de América Latina“, tom completamente diferente do pessimismo atual.

– O saldo em conta corrente do Brasil em outubro de 2023 é o melhor desde 2006. O aumento maciço do superávit comercial transformará o Brasil, no médio prazo, em uma anomalia latino-americana: um país com superávit em conta corrente. O Brasil um dia será a Suíça da América Latina – declarou ele em dezembro do ano passado.

Na última segunda (22), Brooks já tinha utilizado suas redes sociais para avaliar o desempenho negativo do real neste ano. Para o especialista, o quadro não faria sentido, já que, segundo ele, o Brasil é um grande exportador de commodities e elas encontram atualmente um “grande vento favorável”.

– As três moedas de mercados emergentes com pior desempenho neste ano são Turquia, Argentina e Brasil. Não há absolutamente nada que possa justificar que o Brasil esteja neste grupo. O Brasil é um grande exportador de commodities com grande vento favorável dos preços elevados das commodities. Uma ferida autoinfligida – resumiu.

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