Ministro dos Direitos Humanos é acusado de assédio sexual, diz site

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi acusado de assédio sexual contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. De acordo com o portal Metrópoles, o caso foi denunciado ao Me Too Brasil, uma organização que acolhe vítimas de violência sexual e as incentiva a quebrar o silêncio.

Na apuração dos fatos, integrantes do governo Lula (PT), assessores e amigos da ministra foram ouvidos para que se entendesse o que aconteceu. Segundo os relatos, os episódios de assédio ocorreram no ano passado e envolveram toques nas pernas, beijos inapropriados e uso de expressões de conteúdo sexual.

Procurada, a ministra se negou a comentar e disse que não falará com a imprensa nem para confirmar, nem para negar o caso. O Me Too Brasil também diz que não pode dar informações de quem fez a denúncia, pois preserva a identidade das vítimas.

Já a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, aponta que os relatos já correm há alguns meses e que Anielle Franco teria sido, em junho deste ano, convidada para comentar o caso, mas ela não o fez. A nota diz ainda que a ministra quis preservar o governo Lula de um escândalo.

ALIADOS DE SILVIO NEGAM
Aliados do ministro negam os episódios de assédio e dizem que Silvio Almeida é perseguido pelos integrantes do próprio governo, pois há grupos interessados em derrubá-lo do cargo.

OUTRAS VÍTIMAS
O Me Too Brasil emitiu uma nota informando que “recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos”, apontando para a existência de outras vítimas que foram assediadas por ele.

– Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa – diz parte da nota.

ASSÉDIO MORAL
Silvio Almeida, além das acusações de assédio sexual, também enfrenta denúncias de assédio moral. Segundo informações do UOL Tab desta quarta-feira (4), desde que o ministro assumiu o cargo, foram abertos dez processos internos para investigar possíveis casos de assédio moral, dos quais sete já foram arquivados.

No primeiro ano de gestão, 52 pessoas deixaram o ministério, com ao menos 31 delas pedindo demissão. As principais reclamações foram direcionadas ao ministro e a duas de suas assessoras diretas: a chefe de gabinete, Marina Basso Lacerda, e a secretária-executiva, Rita Cristina de Oliveira. Em resposta, o ministério alega que são “falsas suposições”.

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