Candidato a vice de Eduardo Siqueira afirma que Autistas não precisam de uma “Casa do Autista”, mas sim do CAPS; Grupo de mães atípicas publica nota de repúdio à fala do candidato

Um grupo de mães Atípicas da Região Sul de Palmas, publicou uma nota de repúdio à declaração do candidato a vice de Eduardo Siquera Campo, Carlos Veloso, (AGIR) durante o debate realizado pela TV Norte SBT Tocantins, nesta segunda-feira, 21, no bloco “De Vice pra Vice”, na qual afirmou que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não precisam de uma “Casa do Autista”, mas sim do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Segundo o grupo de mães Atípicas, a tal declaração revela uma profunda falta de conhecimento e sensibilidade quanto às necessidades específicas da população autista.

O grupo explica que as pessoas com TEA enfrentam desafios únicos e demandam abordagens que vão além do que o CAPS tradicionalmente oferece.

“Embora o CAPS desempenhe um papel importante na saúde mental, ele não é, por si só, suficiente para atender às necessidades específicas de pessoas com TEA. Uma Casa do Autista, por exemplo, é fundamental para garantir a acolhida, o acompanhamento especializado e o suporte adequado, promovendo inclusão, autonomia e qualidade de vida. Repudiamos essa fala que ignora os avanços nas políticas públicas voltadas à população autista e desconsidera a importância de espaços dedicados, que respeitem as particularidades do TEA”, diz a nota emitida pelo grupo de mães Atípicas.

CONFIRA A NOTA ABAIXO NA ÍNTEGRA:

NOTA DE REPÚDIO

Nós, mães Atípicas da Região Sul de Palmas, manifestamos nosso repúdio à declaração do vice-prefeito Carlos Veloso, na qual afirmou que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não precisam de uma “Casa do Autista”, mas sim do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Tal declaração revela uma profunda falta de conhecimento e sensibilidade quanto às necessidades específicas da população autista.

As pessoas com TEA enfrentam desafios únicos e demandam abordagens que vão além do que o CAPS tradicionalmente oferece. Embora o CAPS desempenhe um papel importante na saúde mental, ele não é, por si só, suficiente para atender às necessidades específicas de pessoas com TEA. Uma Casa do Autista, por exemplo, é fundamental para garantir a acolhida, o acompanhamento especializado e o suporte adequado, promovendo inclusão, autonomia e qualidade de vida.

Repudiamos essa fala que ignora os avanços nas políticas públicas voltadas à população autista e desconsidera a importância de espaços dedicados, que respeitem as particularidades do TEA. Reafirmamos a necessidade de uma rede de atendimento especializada e integrada, que respeite os direitos da pessoa autista, conforme previsto na Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015) e na Lei 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

É imprescindível que nossos gestores públicos compreendam a importância de políticas públicas adequadas e, ao invés de enfraquecer as conquistas já obtidas, lutem por mais avanços, garantindo um atendimento digno e especializado para todos.

Seguimos firmes na luta pelos direitos da pessoa autista e de suas famílias, exigindo respeito e compromisso por parte dos governantes.

Mães Atípicas Da Região Sul.

Palmas , 22 de outubro de 2024.

336x280ad