Salários ganham força na Argentina e voltam a crescer sob governo Milei, aponta Indec

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) indicam uma recuperação significativa da renda dos trabalhadores no país. No primeiro trimestre de 2024, a participação dos salários no Produto Interno Bruto (PIB) argentino alcançou 49,1%, o maior nível dos últimos anos. O número supera os lucros corporativos, que apresentaram queda no mesmo período.

O relatório revela que, entre o último trimestre de 2023 e os três primeiros meses deste ano, houve um avanço de cinco pontos percentuais na fatia da renda do trabalho no PIB — de 44,1% para 49,1%. Segundo o Indec, esse movimento reflete um aumento do poder de compra da população, com os salários reais (ajustados pela inflação) voltando a crescer.

A melhora ocorre em meio a um esforço do governo de Javier Milei para estabilizar a economia e reverter os efeitos da crise agravada nos últimos anos. Desde que assumiu o cargo, em dezembro de 2023, Milei tem promovido uma agenda econômica de austeridade e liberalização, em oposição ao modelo intervencionista anterior.

A recuperação da renda também tem sido associada à retomada do emprego formal, segundo analistas locais. O crescimento dos salários reais, aliado à queda nos lucros empresariais, pode indicar um reequilíbrio na distribuição de renda, embora especialistas alertem que os efeitos de médio e longo prazo da política econômica ainda precisam ser avaliados com cautela.

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